Um blog criado a 4 mãos, uma parceria entre irmãs, para comentarmos sobre os livros que lemos, e compartilhar opções de boa leitura.
Escolha um livro, pegue uma xícara de café e venham me desfolhar, sintam-se à vontade.

sábado, 16 de junho de 2012

A garota das laranjas


Título: A garota das laranjas
Autor: Jostein Gaarder
Editora: Cia das letras
Gênero: Romance filosófico
Páginas: 132
Ano: 2005




Do mesmo autor de "O mundo de Sofia"







   Um menino de quase 4 anos perde o pai com uma doença incurável. Aos 15 descobre que o pai, sabendo que iria morrer, lhe escreveu uma carta. Na carta o pai lhe conta a história da garota das laranjas, que descreve como um conto de fadas, além de relembrar momentos que passou junto do filho, citar pensamentos filosóficos sobre a vida, a morte e o universo e lhe fazer pensar em questões a respeito.


"Imagine que há bilhões de anos, no momento em que tudo foi criado, você tivesse a opção de nascer nesse planeta se quisesse, apenas por uns anos e quando o "ciclo completasse", teria de deixá-lo e a tudo quanto nele existe. Teria optado por uma vida na terra, se soubesse que um dia seria arrancado tão subtamente daqui, talvez no momento mais feliz da sua existência? Ou será que teria agradecido e rejeitado o jogo de "dá e toma?"
 
Qual seria sua escolha?...

Outras obras do autor:
O Mundo de Sofia
Através do espelho

quinta-feira, 14 de junho de 2012

O gato sou Eu!

Título: O gato sou eu
Autor: Fernando Sabino
Editora: Record
Gênero: Crônicas
Páginas: 199
Ano: 1983

 


   




(...Acho que minha gata não está muito a fim de ser garota propaganda do meu blog... ¬¬ rs)
    
   O gato sou Eu, foi o primeiro livro do Fernando Sabino que li, aos 15 anos, desde então me tornei fã das crônicas dele e da maneira hilária como ele descreve os fatos.
   Esta com certeza não é a melhor das crônicas dele, más vou postá-la por ser a crônica que dá titulo ao livro. 

“Todos teem o direito de sonhar, e cada um o de ser dono de seu sonho.”

“Mas quem é o gato afinal? O psicanalista, ou o cliente que lhe conta seu sonho? Entre um e outro, o gato é o símbolo da liberdade de sonhar.”

"Aí então, eu sonhei que tinha acordado. Mas continuei dormindo.
- Continuou dormindo.

- Continuei dormindo e sonhando. Sonhei que estava acordado na cama, e ao lado, sentado na cadeira, tinha um gato me olhando.

- Que espécie de gato?

- Não sei. Um gato. Não entendo de gatos. Acho que era um gato preto. Só sei que me olhava com aqueles olhos parados de gato.

- A que você associa essa imagem?

- Não era uma imagem: era um gato.

- Estou dizendo a imagem do seu sonho: essa criação onírica simboliza uma profunda vivência interior. É uma projeção do seu subconsciente. A que você associa ela?

- Associo a um gato.

- Eu sei: aparentemente se trata de um gato. Mas na realidade o gato, no caso, é a representação de alguém. Alguém que lhe inspira um temor reverencial. Alguém que a seu ver está buscando desvendar o seu mais íntimo segredo. Quem pode ser esse alguém, me diga? Você deitado aí nesse divã como na cama em seu sonho, eu aqui nesta poltrona, o gato na cadeira… Evidentemente esse gato sou eu.

- Essa não, doutor. A ser alguém, neste caso o gato sou eu.

- Você está enganado. E o mais curioso é que, ao mesmo tempo, está certo, certíssimo, no sentido em que tudo o que se sonha não passa de uma projeção do eu.

- Uma projeção do senhor?

- Não: uma projeção do eu. O eu, no caso, é você.

- Eu sou o senhor? Qual é, doutor? Está querendo me confundir a cabeça ainda mais? Eu sou eu, o senhor é o senhor, e estamos conversados.

- Eu sei: eu sou eu, você é você. Nem eu iria pôr em dúvida uma coisa dessas, mais do que evidente. Não é isso que eu estou dizendo. Quando falo no eu, não estou falando em mim, por favor, entenda.

- Em quem o senhor está falando?

- Estou falando na individualidade do ser, que se projeta em símbolos oníricos. Dos quais o gato do seu sonho é um perfeito exemplo. E o papel que você atribui ao gato, de fiscalizá-lo o tempo todo, sem tirar os olhos de você, é o mesmo que atribui a mim. Por isso é que eu digo que o gato sou eu.

- Absolutamente. O senhor vai me desculpar, doutor, mas o gato sou eu, e disto não abro mão.

- Vamos analisar essa sua resistência em admitir que eu seja o gato.

- Então vamos começar pela sua insistência em querer ser o gato. Afinal de contas, de quem é o sonho: meu ou seu?

- Seu. Quanto a isto, não há a menor dúvida.

- Pois então? Sendo assim, não há também a menor dúvida de que o gato sou eu, não é mesmo?

- Aí é que você se engana. O gato é você, na sua opinião. E sua opinião é suspeita, porque formulada pelo consciente. Ao passo que, no subconsciente, o gato é uma representação do que significo para você. Portanto, insisto em dizer: o gato sou eu.

- E eu insisto em dizer: não é.

- Sou.

- Não é. O senhor por favor saia do meu gato, que senão eu não volto mais aqui.

- Observe como inconscientemente você está rejeitando minha interferência na sua vida através de uma chantagem…

- Que é que há, doutor? Está me chamando de chantagista?

- É um modo de dizer. Não vai nisso nenhuma ofensa. Quero me referir à sua recusa de que eu participe de sua vida, mesmo num sonho, na forma de um gato.

- Pois se o gato sou eu! Daqui a pouco o senhor vai querer cobrar consulta até dentro do meu sonho.

- Olhe aí, não estou dizendo? Olhe a sua reação: isso é a sua maneira de me agredir. Não posso cobrar consulta dentro do seu sonho enquanto eu assumir nele a forma de um gato.

- Já disse que o gato sou eu!

- Sou eu!

- Ponha-se para fora do meu gato!

- Ponha-se para fora daqui!

- Sou eu!

- Eu!

- Eu! Eu!

- Eu! Eu! Eu!"

Conheça mais livros do autor:
A mulher do vizinho
O tabuleiro de damas

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Uma breve história do cristianismo


Título: Uma breve história do cristianismo
Autor: Geoffrey Blainey
Editora: Fundamento

Gênero:
História / Religião

Páginas: 332
Ano: 2012









A sinopse do livro levanta as questões: "Afinal, quem foi Jesus? Um mito ou um homem de infinita sabedoria?  Que fatos levaram a disseminação do Cristianismo ao redor do mundo?"
Eu estava pesquisando livros que falassem sobre a vida de Jesus, quem ele foi como pessoa, como viveu, que fatos o levaram a ser condenado e como o cristianismo surgiu, relatado de maneira histórica e não religiosa. Então me interessei por este. Sendo um livro de "história" esperava que os mitos sobre a vida de Jesus fossem desmistificados, que os relatos fossem mais realistas e mais construtivos, porém o autor faz relatos sobre a vida de Jesus da maneira que todos já sabemos, com todo aquele papo de que ele ressuscitou no 3° dia e de que várias pessoas tiveram visões paranormais relacionadas à ele... Conclusão: Me senti lendo a biblia... ¬¬
Basicamente o livro fala dos principais nomes da igreja, os maiores pregadores, suas crenças e modo de vida, sobre os mosteiros, as mudanças nas catedrais com o passar do tempo, mudanças de hábitos religiosos, as ramificações do cristianismo e as cruzadas - lutas entre os diferentes grupos religiosos para conquistar terras e novos adeptos à sua religião - Isso mostra o quanto os cristãos aprenderam com as palavras de amor daquele que diziam seguir! 
Em algumas partes do livro
faltam simples explicações, como por exemplo, sobre os povos antigos citados. Se eu quis saber quem eram os Lombardos ou os Sarracenos, tive que procurar no google.
O autor só mostra o lado "bom" do cristianismo, em nenhum momento ele dedica uma única folha para falar sobre a inquisição, ou sobre como a igreja enriqueceu e levou pessoas de péssimo caráter ao trono papal, ele fala sobre a conquista da América, dizendo que aqui vários se converteram ao cristianismo, mas não fala que nossos índios foram escravizados, catequizados e forçados a abandonarem suas crenças. Ele fala quantos Judeus foram mortos na segunda guerra mundial, mas não fala quantas pessoas foram mortas na fogueira, caçadas pela inquisição da "santa" igreja.


Eu particularmente não gostei do livro, pois além de não ser o que eu esperava, achei o conteúdo muito fraco e parcial. Porém como gosto é muito particular estou postando-o mesmo não tendo gostado, pois outros leitores podem se interessar pelo assunto e ter uma visão diferente da minha.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

A noite das bruxas


Título: A noite das bruxas
Autora: Agatha Christie
Editora: Nova Fronteira
Gênero: Romance policial
Páginas: 213
Ano: 1969








Durante uma festa de Halloween uma garota atrai a atenção dos convidados ao dizer que há alguns anos presenciou um assassinato, muitos não acreditam,  já que a garota tem fama de mentir para chamar a atenção. Porém durante a festa ela é encontrada morta. Estaria ela mentindo de fato? Quem ali presente teria motivos para matá-la? Alguém que de fato teria cometido um crime e se sentiu ameaçado? Ou teria a garota realmente inventado tal história? Mesmo ela tendo afirmado o fato com tanta convicção?
Hercule Poirot é chamado para desvendar o caso, ele entrevista os moradores da cidade, fazendo um levantamento do passado dessas pessoas, para tentar descobrir quem teria interesse na morte da garota.

Vários peronagens levantam suspeitas durante o decorrer da história, mas quem seria o assassino?
Leiam e descubram! Eu adorei a trama ;)

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Calma no trabalho


Título: Calma no trabalho
Autor: Paul Wilson
Editora:
Cultrix
Gênero: Autoajuda
Páginas: 271
Ano: 2000











  
   Fui obrigada a ler este livro, como fonte de pesquisa para meu TCC na faculdade. Achei que seria um sacrifício, já que é chato e cansativo ter que ler um livro cujo o assunto não te desperta interesse, e acredito que este seja o motivo pelo qual a maioria das pessoas não gostam de ler. Passamos anos na escola tendo que ler livros chatos e didáticos por obrigação, e acabamos por assimilar a leitura à algo nada prazeroso.
   Peguei o livro na biblioteca, folheei com certo descaso e me senti assim novamente, nessa obrigação em ler algo que não estou a fim, enquanto poderia estar lendo crônicas do Fernando Sabino, outra trama da Agatha Christie ou gibis da turma da Mônica (sim eu adoro a turma da Mônica ^^) Porém o livro me surpreendeu!
  
   O autor cita as maiores causas de stress no ambiente de trabalho e sugere algumas atitudes que nos ajudam a driblá-las, algumas bastante conhecidas; como massagem, aromaterapia e meditação, além de orientar o leitor a como colocá-las em prática.
Outras parecem bobas, pq esperamos por soluções "incríveis" para os nossos problemas e não pensamos que a solução possa ser tão simples.
   Achei interessante a parte em que é citado o maior de todos os fatores de stress, "você mesmo!" Costumamos por a culpa no chefe chato, nos colegas de trabalho, na falta de tempo... etc... Más o maior responsável é você! Como você lida com os seus problemas, o valor que você dá à eles, a atenção que você dá para pessoas que te desagradam ao invés de aprender a ignorá-las.
   O livro é simples, de fácil compreensão e creio que é muito útil caso você esteja em um momento de tensão e stress, mesmo que a causa não seja o trabalho, as dicas são válidas para diferentes ocasiões, claro, se colocadas em práticas como lhe é sugerido, pois nenhum conselho faz milagre!
   Espero que a indicação deste livro seja útil à quem estiver precisando, e que ajude a trazer bem estar e qualidade de vida à quem o ler e fizer proveito de seu conteúdo.  ;)

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Um Bom Tricô

Título: Um bom tricô
Autora: Debbie Macomber
Gênero: Romance
Editora: Harlequin Books
Pág.: 413
Ano: 2007














Que tricoteira resiste a esse título?????

Sabe aquele livro leve, pra vc ler em fins de tardes preguiçosas onde você não quer queimar neurônios entendendo a trama?

Então é esse o livro. Ainda mais pras artesãs!!!!

A vida de 4 mulheres diferentes se entrelaçam qnd resolvem fazer aula de tricô, mais especificamente uma manta pra bebê.  A loja se chama “Um Bom Tricô” e sua dona Lydia Hoffman, sobreviveu a dois câncer, Jacqueline uma socialite em crise no casamento, Carol vive na esperança de engravidar, e Alix só quer cumprir sua sentença prestando serviço comunitário.

Conforme elas aprendem a tricotar, suas vidas se entrelaçam como as laçadas da manta, e a amizade vai surgindo mesmo diante de diferentes realidades.
Leve, agradável, simples, uma leitura gostosa, eu li a noitinha......


Postado por Regiane