Um blog criado a 4 mãos, uma parceria entre irmãs, para comentarmos sobre os livros que lemos, e compartilhar opções de boa leitura.
Escolha um livro, pegue uma xícara de café e venham me desfolhar, sintam-se à vontade.

domingo, 29 de setembro de 2013

O Gênio e as Rosas


Título: O Gênio e as Rosas
Autor: Mauricio de Sousa
Gênero:
Infanto Juvenil
Editora:
Globo
Páginas:
64
Ano:
2010














Um bom livro de contos, textos de reflexões, com lições de moral, e o propósito de ensinar através de bons exemplos, acontecimentos e fatos às vezes até corriqueiros.

Texto do escritor Paulo Coelho, e ilustração de Mauricio de Sousa.

As ilustrações são lindíssimas, de páginas inteiras o que causa um encantamento aos olhos.

São 24 textos, relativamente curto facilitando a leitura diária para criança.




Segue abaixo o texto que dá nome ao livro:



O GÊNIO E AS ROSAS

Era uma vez três homens – um ingrato, um conformado e um generoso – que foram visitados por um gênio da lâmpada. Espantados perguntaram:

“Gênio, que nos trazes?”

“Rosas!”, disse o gênio. E abrindo seu manto mágico, dele retirou três lindos buquês de rosas, que ofereceu aos visitados, entregando um para cada.

Antes de partir, olhou-os fixamente e, percebendo algum desapontamento por conta da simplicidade de sua oferta, justificou-se:

“Rosas … porque elas são joias de Deus: deixam a vida mais rica e bela!”

Os homens se entreolharam surpresos e, após se despedirem, cada um seguiu seu destino, dando finalidade diferente ao presente recebido.

O ingrato maldizendo sua falta de sorte por haver encontrado um gênio e dele recebido apenas flores, jogou-as num rio próximo.

O conformado, embora entristecido com a singeleza dos presentes, levou-as para casa, depositando-as num jarro.

O generoso, feliz pela oportunidade que tinha em mãos, decidiu repartir seu presente com os outros. Foi visto pela cidade distribuindo rosas, de porta em porta, com um detalhe: quanto mais rosas ofertava, mais seu buquê crescia em tamanho, beleza e perfume. Ao final, retornou para casa com uma carruagem repleta de rosas.

No dia seguinte, no mesmo local e instante, os três homens se reencontraram e, de subido, ressurgiu o gênio da lâmpada.

“Gênio que desejas?”, disse um deles.

“Que as vossas rosas se transformem em joias!”, disse o gênio. “Porque quem aceita com alegria um presente da vida, merece receber outros”.

Dessa forma, o homem generoso encontrou em casa uma carruagem repleta de joias,

extraordinariamente belas, tornando-se um rico comerciante.

O homem conformado, retornando imediatamente para seu lar, encontrou pendurado sobre o jarro 
onde depositara as rosas, um lindo e valioso colar de pérolas. Sem mais nada dizer, resignou-se e deu de presente para sua esposa.

O homem ingrato dirigiu-se ao lugar onde jogara o buquê de rosas e viu, refletindo sobre as águas, um brilho intenso, próprio de joias valiosas, que foram imediatamente carregadas pela correnteza.



Nos bastidores do cotidiano


Título: Nos bastidores do cotidiano
Autor: Laé de Souza
Editora: Eco arte
Gênero: Crônicas
Páginas: 64
Ano: 2006 (5° edição)











Casa de praia

É verdade que as vezes você pensa: "maldita hora em que resolvi catar todas as economias, vender meu carro, telefone, pegar dinheiro emprestado, para adquirir aquele apartamento na praia." Sempre tem um amigo pedindo emprestado. Tem aquele que se você fala que vai, ele se oferece pra ir junto. Você fala que vai mais gente, mas ele retruca que não tem problema, que se acomoda de qualquer jeito. Afinal, é só um fim de semana, não mata ninguém. Depois você se vira com o sindico, claro. Tem aquele que liga: "-Tem alguém lá esse fim de semana?" Tem aquele que aparece de surpresa, as vezes sem levar nada. Família? Desta nem se fala. Bem, já fica devidamente acertado, que todas as festas de fim de ano serão realizadas lá. E lembre-se de que na última reclamaram que só uma geladeira não foi o suficiente.
Na verdade, parentes nem precisam avisar para surgir repentinamente e nem podem ser chamados de bicões. Tem aquele primo que ainda diz: "-Escuta, você vai pra praia com a gente este feriado, ou eu passo aí para pegar as chaves?" Mas tem outros que o melhor é logo dar uma cópia, para evitar aborrecimentos de ficar ligando quase todos os fins de semana. E tem aquela dor de cabeça, que se o parente é seu, a mulher reclama, se é dela, é você quem cai de pau. E quado você, de propósito, deixou cortar a luz? Também não adiantou nada porque seu tio foi lá e pagou a conta, pedindo a religação. Claro que não sem antes lhe dar aquela chacoalhada "Pô meu, se estava sem grana porque não falou comigo?"
E quando a mulherada resolve descer para dar uma volta e deixa as criancinhas para você tomar conta, com aquele "voltamos logo" que você já conhece? Pior que dessa vez sua mulher se alia e vai junto, deixando você na fogueira.
Também é o seguinte: Todos os casamentos na família ou de amigos a lua de mel será no seu apartamento. Tem até alguns casos de filha de amigo. Afinal, quem está começando a vida não pode se dar ao ao luxo de extravagancias com hotel.
E quando você não aguenta mais, resolve vender? Reclames da mulher, choro dos filhos, palpites da... As vezes os argumentos são tão fortes que você desiste da venda. Agora, se você vende mesmo, tem alguns amigos que nunca mais serão vistos. Verdade que a gota d´água foi aquele processo, o qual você ainda responde porque um amigo a quem você emprestou, num excesso de bebedeira jogou a lata de cerveja para baixo atingindo um chevette estacionado. Só que nas fofocas familiares, dizem que foi por causa daquele sobrinho que é o santinho da família e manchou todas as paredes com tinta. O que, evidentemente, é defendido pela mãe do anjinho, retrucando que na verdade, o motivo foi aquela crise conjugal da sua cunhada, que em briga com o marido, num descontrole emocional, quebrou todas as louças. Mas não se preocupe, porque tem sempre algum amigo que acaba comprando um apartamento na praia. E aí, meu caro, é a sua vez.

Laé de Souza é bacharel em direito e administração de empresas, cronista de jornais e produtor cultural. Autor e coordenador de projetos de incentivo à leitura.
Este livro trás algumas crônicas de sua autoria, todas simples, de leitura leve, fácil e bem humorada, daquelas que você começa a ler e não consegue parar enquanto não chegar o fim! 

sábado, 14 de setembro de 2013

Destruindo o planeta Terra


Título: Destruindo o planeta terra
Autor: Nivaldo José Chiossi
Gênero: Meio Ambiente
Editora: AM Produções Gráficas
Ano: 2009
Páginas: 224











Os problemas ambientais tão comentados atualmente, como o efeito estufa e os tsunamis, por exemplo, são de fato provocados pela interferência humana? Alguns cientistas afirmam, com base em estudos históricos que não, e acreditam que é apenas um fenômeno natural pelo qual o planeta passa de tempos em tempos. Outros afirmam, com base em estudos científicos que sim, as atividades humanas e o excesso de poluição interferem na composição química da atmosfera, causando problemas climáticos e consequentemente desastres ambientais.
No livro "Destruindo o planeta Terra" o autor Nivaldo José Chiossi nos mostra os dois lados da questão, abordando tanto os problemas ambientais de causas naturais, que acontecem indiferente da participação humana, quanto os problemas gerados ou intensificados pelo homem.
Desastres naturais, podem destruir a vida na Terra, ou ao menos causar grandes prejuízos, são eles os terremotos, maremotos, tsunamis, vulcões, possíveis colisões de meteoros. Problemas de causas naturais muitas vezes inevitáveis e que podem causar grandes destruições. Por outro lado está a nossa participação, com a destruição das florestas, as queimadas, os poluentes liberados no ar e na água, os agrotóxicos usados sem o devido controle contaminando solo, água e gerando problemas de saúde, o efeito estufa agravado pelo excesso de carbono na atmosfera, e o buraco na camada de ozônio.
O autor questiona: O que os governos do Brasil e do mundo poderiam fazer para controlar o avanço da degradação ambiental? Por que não o fazem? E além disso, o que esperar do futuro quando a população do planeta não para de crescer? Quanto maior a população, maior a demanda por alimento, por água, por tecnologia, maior o consumo, maior o lixo produzido, maiores as áreas desmatadas para atender a demanda.


O livro faz também um pequeno resumo, simples e de fácil entendimento, sobre o surgimento e a constituição do planeta, para depois abordar os possíveis desastres e suas causas, e assim facilitar a compreensão. Bem porquê, se queremos preservar o planeta, e preservá-lo significa preservar a própria existência, precisamos antes de mais nada conhecê-lo.
E o que podemos fazer para contribuir com a preservação do nosso planeta?  A responsabilidade não está apenas nas mãos das grandes potências e dos nossos governantes, está nas mãos de cada um de nós, a lista de contribuições que competem aos cidadãos é longa, mas podemos começar com atitudes simples e bastante conhecidas por todos nós, como separar o lixo orgânico do reciclável, ou evitar o gasto excessivo de água, por exemplo. Atualmente um dos problemas causado pelo cidadão é o consumismo, excessivo e desnecessário. 
Quanto mais compramos, mais descartamos, mais lixo acumulamos em nossos aterros sanitários e mais matéria prima retiramos da natureza. Se cada um de nós tivéssemos a consciência de fazer o mínimo que está ao nosso alcance, e evitar desperdícios, utilizando não mais do que nos é necessário, teríamos sem dúvidas um mundo melhor e mais preservado.

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Do Golpe ao Planalto - Uma vida de repórter.



Título: Do golpe ao Planalto - Uma vida de repórter
Autor: Ricardo Kotscho
Gênero: Política / Jornalismo / Biografia
Editora: Companhia das letras
Ano: 2006
Páginas: 334









São 40 anos de profissão, que vai do jornal à TV, de uma curta redação jornalistica à longas reportagens Brasil afora, de correspondente internacional ao Planalto Central, como assessor de imprensa do governo Lula. Ricardo Kotscho começou sua vida jornalística no Estadão em pleno ano de golpe militar, neste livro ele traz uma biografia da sua vida profissional, que se inicia na repressão, na censura, no trabalho jornalístico limitado pelo nosso governo ditatorial, passa pela abertura política, pelas greves dos metalúrgicos do ABC, pelas diretas já, relata seu trabalho nas campanhas políticas de Lula pela presidência, desde 1989 até sua vitória em 2002, encerrando no escândalo do mensalão.
Em plena ditadura publicou uma reportagem sobre as mordomias e o uso de dinheiro público pelo então atual governo militar, e antes que sofresse represálias foi para Alemanha trabalhar como correspondente internacional para o Jornal do Brasil.
O livro traz curtos trechos de reportagens, o backstage da vida de jornalista, a mídia manipuladora e suas matérias distorcidas, além de relatos políticos e sociais.
É uma ótima biografia, mesclade de informações sobre o meio jornalístico e político.

"Nunca antes, em sua história de 430 anos, São Paulo viu algo igual, centenas de milhares de pessoas transbordando da Praça da Sé para todos os lados.
Nunca antes, foram tão verdadeiros os primeiros versos do nosso hino. O brado engasgado durante 20 anos explodiu na Praça da Sé. O pranto travado correu pelos rostos de gente muito vivida, os braços se ergueram, dando-se as mãos uns aos outros, toda gente cantando o Hino Nacional. (...)"
Ricardo Kotscho sobre a campanha Diretas Já, pela folha em 1984.