Um blog criado a 4 mãos, uma parceria entre irmãs, para comentarmos sobre os livros que lemos, e compartilhar opções de boa leitura.
Escolha um livro, pegue uma xícara de café e venham me desfolhar, sintam-se à vontade.

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

O imaginário cotidiano


Título: O imaginário cotidiano
Autor: Moacyr Scliar
Editora: Global
Gênero: Crônicas
Páginas: 180
Ano: 2001










Moacyr Scliar é autor de mais de 50 livros publicados em diversos países, com grande repercussão critica, e ganhador de vários prêmios, tendo obras adaptadas para o cinema, rádio, TV e teatro. Foi colunista no jornal Folha de S.Paulo, onde publicava contos fictícios baseados em noticias reais.

Desse trabalho surgiu o livro "O imaginário cotidiano" uma compilação com todas essas histórias, onde alem da enorme criatividade do autor, os textos contam também com muito humor e mensagens subliminares que levam o leitor a refletir sobre o tema abordado. À primeira vista os textos parecem bobos, se você ler sem prestar atenção, quando na verdade são refletivos, inteligentes e todos passam alguma mensagem, geralmente escondida por trás de um texto aparentemente bobo. É essa mescla de simplicidade e ao mesmo tempo criatividade e inteligência que faz o livro tão bom

Segue a baixo uma das crônicas do livro:


Nada como a instrução

"Rico estuda cinco anos mais"
cotidiano, 17 jul. 1998


-O senhor não me arranja um trocado? Perguntou o esfarrapado garoto com um olhar súplice. Outro daria o dinheiro ou seguiria adiante. Não ele. Não perderia aquela oportunidade de ensinar um indigente uma lição preciosa:
-Não, jovem. Respondeu.  -Não vou lhe dar dinheiro. Vou lhe dar uma coisa melhor do que dinheiro. Vou lhe transmitir um ensinamento. Olhe para você, olhe para mim. Você é pobre, você anda descalço, você decerto não tem o que comer. Eu estou bem vestido, moro bem, como bem. Você deve estar achando que isso é obra do destino. Pois não é. Sabe qual a diferença entre nós, filho? O estudo. As estatísticas estão aí: Pobre estuda cinco anos menos do que o rico.
O menino o olhava, assombrado. Ele continuou:
-Pessoas como eu estudaram mais. Em média 5 anos mais. Ou seja: passamos 5 anos a mais em cima dos livros. 5 anos sem nos divertir, 5 anos queimando pestanas, 5 anos sofrendo nas vésperas dos exames. E sabe por que filho? Porque queríamos aprender. Aprender coisas como o Teorema de Pitágoras. Você sabe o que é Teorema de Pitágoras? Se você soubesse, eu não só lhe daria um trocado, eu lhe daria muito dinheiro, como homenagem ao seu conhecimento. Mas você não sabe o que é Teorema de Pitágoras, sabe?
-Não. Disse o menino. E virando as costas foi embora.
Com o que ele ficou muito ofendido. O rapaz simplesmente não queria saber nada acerca do Teorema de Pitágoras. Aliás, como era mesmo o tal teorema? Era algo como o quadrado da hipotenusa é igual a soma dos quadrados dos catetos. Ou: o quadrado do cateto é a soma dos quadrados da hipotenusa. Ou ainda, a hipotenusa dos quadrados é a soma dos catetos quadrados.
Algo assim. Algo que só aqueles que têm cinco anos a mais de estudo conhecem.


segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Como Treinar o seu Dragão (Volume I)

Título: Como treinar o seu dragão
Autor: Cressida Cowell
Gênero: Infanto-juvenil
Editora: Intrínseca
Páginas: 221
Ano: 2004















Soluço Spantosicus Strondus é filho único de Stoico o Imenso, chefe da tribo dos Hooligans Cabeludos. O por isso mesmo seu  herdeiro direto! 

Pequeno, magricela, desajeitado, baixinho, como ele se tornaria um chefe Vicking?


Pra piorar ele sai em busca do seu Dragão e volta com um Dragão de Jardim, ou Dragão Comum que se Chama Banguela, é como se ele tivesse conseguido um Pinscher.  Banguela, é preguiçoso, não está interessado em ser treinado, comilão e simplesmente não tem um pingo de respeito por seu treinador. Não obedece às ordens de Soluço,  é dissimulado e extremamente preguiçoso.


A princípio o único dom de Soluço é a capacidade de falar Dragonês, o que acaba sendo um ajuda no trato com Banguela.



A série é descrita como as memórias de Soluço Spantosicus Strondus III e teria sido foi traduzida do Antigo Norueguês por Cressida Cowell.



Com um  toque de humor próprio ao publico infanto-juvenil e com ilustrações feitas à mão como que por crianças.




Ao que tudo indica, pode ser o começo de uma grande amizade entre Soluço e Banguela, ou não?


É um livro infanto juvenil, mas pode bem agradar a adultos.!